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Sobre D.I.U.
O fato de não ser o líder de preferência como método contraceptivo não tem nada a ver com a sua eficácia, seu índice de falha varia de 0,2 a 0,8%, contra 9% da pílula.
O DIU é uma peça em formato de “T” inserida dentro do útero, o que já gera desconfiança entre as mulheres. Grande parte dos receios está relacionada a eventuais efeitos colaterais, como risco de perfuração uterina, infecções e sangramento excessivo.
Quanto a efetividade, nesse quesito o DIU é considerado até melhor do que a pílula anticoncepcional, já que não depende da disciplina da usuária. As brasileiras são campeãs em esquecer de tomar o comprimido. Segundo levantamento encomendado pela farmacêutica Bayer, 58% delas se descuidam com frequência — a média global é de 39%. No fim das contas, a negligência se traduz em surpresa diante do teste de gravidez.
O pré-requisito fundamental para inserir o DIU é ter uma cavidade uterina que comporte o acessório, mulheres com má-formação ou que tenham apresentado alguma disfunção no órgão provavelmente não se adaptarão bem. Quem avalia essa questão é o ginecologista. Aliás, a peça é implantada no consultório, não requer internação nem anestesia e dura, em média, 15 minutos.
Agora, quando uma mulher decide pelo dispositivo anticoncepcional intrauterino, ainda tem que escolher entre a peça de cobre, prata+cobre ou a de plástico. A função de ambas é basicamente impedir o encontro dos espermatozoides com os óvulos, mas cada um carrega suas particularidades.
Temos no mercado brasileiro o DIU de cobre, cobre+ prata e o hormonal (Mirena)
DIU de cobre, cobre+prata
Prós: não tem hormônio e não interrompe totalmente a ovulação. É possível deixá-lo no corpo por até dez anos.
Contras: pode aumentar o fluxo menstrual e, por consequência, as cólicas. Isso ocorre principalmente por causa da inflamação que o dispositivo é capaz de gerar no útero.
DIU hormonal (SIU Mirena)
Prós: o fluxo menstrual é reduzido e provoca menos cólicas. Controla sintomas de endometriose e possui menor índice de falhas em relação à gravidez.
Contras: tem que trocar após cinco anos e é mais caro. Nos primeiros meses, há risco de desregular o ciclo menstrual.
Outra vantagem do DIU frente às pílulas: a ausência de estrogênio em sua composição. É que esse hormônio está associado a um maior risco de trombose; isto é, o surgimento de um coágulo na corrente sanguínea capaz de viajar pelo corpo e causar estragos. Sem contar que, no DIU de plástico, o hormônio levonorgestrel é liberado aos pouquinhos. Isso significa que a quantidade dele na circulação é bem menor.
Por sua vez, a peça de cobre, cobre+prata é a alternativa ideal para quem não quer (ou não pode) ter nenhum hormônio artificial circulando pelo corpo.
menstrual e das cólicas — sintomas que não são percebidos com a peça de plástico por causa da presença de um pouco de hormônio. Um estudo da
A verdade é que não existe um manual de instruções que possa ser seguido 100% à risca. Cada caso é um caso. O essencial é conhecer as opções disponíveis e conversar com seu gineco.
“A escolha de um bom método contraceptivo é fundamental para a liberdade sexual da mulher. Mas, ainda assim, não esqueça da camisinha.